segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Coisas do Prazer e da Felicidade

Se há coisa que me dá prazer fazer é escrever. Escrever de forma geral. Mas quando falamos em escrever artigos científicos novos, a coisa atinge valores muito elevados de prazer e felicidade. Gosto de todas as partes (menos as revisões gerais e a parte das citações e referências - embora para isso ja tenha um sistema instaurado que me alivia muito o trabalho): gosto de rebuscar em recantos, bibliotecas, buracos, bases de dados, enfiar o nariz em livros, folhas e imagens novas e ler, ler, ler e pensar e seleccionar a teoria relevante; adoro fazer as analises estatísticas (ssshhhiiiuuuuu, senão ainda me dão como doida!!), interpretá-las e extrair conclusões e adoro a parte final de discutir os resultados, pensa-los, dar-lhes vida real e retira-los da abstracçao numérica para as coisas da vida real "de carne e osso". Pensar nas mais valias e fragilidades do meu estudo e, finalmente, ser avassalada por mais questões, mais perguntas, novos caminhos de investigação. Adoro. (E custa-me pensar que daqui a um ano ja não me será permitido continuar, por questões orçamentais... Ainda para mais quando parecem ser dubias...)

De todo o processo da investigação, a escrita é o que me da mais prazer (imagino que não seja a única!), mas até lá, há um longo longo e muitas vezes sinuoso (e cheio de becos sem saída), caminho de planeamento, organização, autorizações e burocracia, recolha de dados, avaliação e tratamento dos mesmos, criação de bases de dados, etc., que é muito extenuante, trabalhoso e muitas vezes muito pouco prazeroso.

Mas, tal como em tantas outras coisas, quando chegamos ao fim, todo esse suor e lágrimas é amplamente compensado.

Adoro escrever, escrever artigos científicos, produzir e resumir conhecimentos e crescer, crescer com eles.

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