segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Going "Hippie" ou, na jornada de uma vida mais saudável - Part I

Uma das mudanças que iniciei no ano passado, a partir do momento em que procurei alternativas de vida mais verdes e mais saudáveis, onde se incluem opções como as fraldas reutilizáveis e a amamentação prolongada, foi um processo de "desquimicar" as nossas vidas cá em casa, ou seja, retirar o máximo de químicos possíveis das nossas vidas. 

Tem sido um processo lento, de experiências e tentativas e erro. Abandonar um químico de cada vez e deixar passar a ver que tal corre o processo. 

Pois bem, posso dizer que se Agosto para cá deixámos de comprar Desodorizante pessoal, detergente de roupa para a máquina, eu estou a deixar o uso de shampoo e amaciador no cabelo (o marido só lá irá qd vir que isto resulta e n fico com ar de macaco. Estou a meio da experiência, da qual irei falar adiante, noutro post, qd passar o 1º mês, que parece ser o pior para a grande maioria de pessoas, no fim talvez ele se convença. Por enquanto está admirado com o "bom aspecto" q um cabelo "não lavado" tem. Atenção que o lavo, claro!!! Hippie, mas não tanto! ahahah!) e, finalmente, vou também deixar de comprar amaciador para a roupa, assim que este frasco terminar. 

CLARO que continuamos a usar todos esses produtos, mas passei a fabricá-los cá em casa, com produtos BEM mais baratos e MUITO mais saudáveis e MENOS químicos.

Nos próximos posts vou descrever cada uma destas experiências, receitas utilizadas e resultados.

A minha última decisão foi tomada nesta passagem de ano: decidi que este 2014, será um ano de viragem para mim, onde irei respeitar e tratar melhor o meu corpo e a mim mesma, alterando, devagar, pouco a pouco os meus hábitos de vida, para me tornar uma pessoa mais saudável, mais activa (e mais magra, se estas mudanças ajudarem a isso também). Quero com isto dizer que pela primeira vez na vida não me quero focar no (meu) peso, mas sim no estilo de vida. 

Irei também falar sobre isto no futuro, pois estou ainda muito no princípio, mas posso revelar que está a correr muito muito bem, que me sinto bem comigo mesma por estar a dar-me esta oportunidade e experiência, que encontrei uma princesa que me tem servido de inspiração e de ajuda nesta demanda (Obrigada Catarina!) e que me propus a mim mesma um primeiro desafio de conseguir correr os 7Km da mini maratona Vodafone, inserida na 24ª meia maratona EDP. Já comecei a treinar! 

Para hoje, gostaria de descrever a nossa experiência com o desodorizante. Tudo começou com um post de uma amiga do Facebook sobre a sua experiência com um desodorizante caseiro. A minha história com os desodorizantes não é tão complicada como a dela, mas podia relacionar-me com a história dela nalguns aspectos: nunca consegui encontrar um desodorizante que me satisfizesse a 100%, notava que precisava de mudar de marca ou tipo de desodorizante ao fim de algum tempo, como se tivesse ganho resistência aquele, e de cada vez que comprava ficava sempre na dúvida sobre qual escolher e se valeria a pena gastar os €€ a mais dos mais caros ou se era só uma questão de marca, como em tanta coisa... ao ler quão satisfeita ela estava com esta experiência tive que ir experimentar. Li a receita dela e pesquisei mais nessa máquina fantástica que é o google... Há milhares de receitas na net, mas felizmente a grande maioria concorda numa ou duas receitas, pelo que optei por começar por aí (confesso que gostámos ambos tanto desta que não a alterámos ainda!). 

Então, decidi fazer um compósito das duas receitas que mais encontrei na net e que podem ler, por exemplo, aqui e aqui

A minha receita é a seguinte: 

1 porção de Bicarbonato de sódio (sim, o da culinária)
1 porção de Amido de milho (mais conhecido por farinha maizena, mas há outras marcas, brancas)
Óleo de coco (loja de produtos naturais, p. ex.)
Oleo Essencial Tea Tree (optei por este por ser antibacteriano, já o usar para a lavagem das fraldas do  Afonso e porque gosto do cheirinho). 

Mas outras alternativas são em vez do óleo de coco, usar outro tipo de óleo ou gordura, como azeite. Sei de pessoas que o usam (como a tal minha amiga) e estão muito satisfeitas. Também não é necessário usar óleo essencial nenhum, eu decidi usar pelo que digo acima, mas também porque a mistura fica a cheirar a "bolo" e fez-me impressão usar um desodorizante com cheiro a bolo, mas pronto isso são coisas da minha cabeça. 

A preparação não podia ser mais simples: misturar as porções e pó (bicarbonato e amido) numa taça e depois, aos poucos ir adicionando o óleo ou gordura até ficar com uma consistência pastosa (o óleo de coco derrete nas mãos o que ajuda a preparar, mas depois volta a solidificar, o que ajuda a utilizar e a guardar). No fim, adicionam-se as gotas de óleo essencial escolhidas e a gosto, até ter alcançado o cheirinho pretendido. 

Finalmente, guarda-se tudo numa caixinha, há quem guarde num daqueles franscos de desodorizante rígido que se vai empurrando para cima para aplicar e está pronto para usar. 

É normal que seja necessário fazer-se umas 2 ou 3 vezes até se acertar na consistência certa, para que o desodorizante não se esfarele demais ou não fique demasiado oleoso, mas ao fim de pouquíssimo tempo temos a prática e acertamos à primeira. Tornou-se um ritual mensal fazer este desodorizante para mim e o meu marido que ao fim de uma semana da minha experiência, decidiu tentar também! :) 
 
Se o desodorizante tiver a quantidade certa de gordura, a aplicação é fácil e o produto adere facilmente à pele, mas se a gordura usada for reduzida, a pasta tende a esfarelar e cair. 

Por outro lado, quando o recipiente onde ponho o desodorizante começa a ficar mais vazio, a pasta tende a ficar mais ressequida, por ficar mais em contacto com o ar e, como tal, começa a dificultar a aplicação. Neste caso, se ficar mesmo muito ressequido e dificil de aplicar, a solução é rectificar o teor de gordura (aumentar) e pronto, já está!

E desde Outubro que não voltei a comprar desodorizante comercial. Só usamos deste cá em casa! 
 
Estamos muito satisfeitos com ele e eu não tenho sentido necessidade de mudar para outro, o que é fantástico! E agora com o meu exercício físico diário, posso garantir que este desodorizante é eficaz na manutenção de um cheiro decente. :) Outro factor bom, foi ter deixado de ter a roupa a ficar amarelada na zona dos sovacos! :) 

Como ponto menos positivo, há que referir que a farinha do desodorizante fica algo vizível na pele e na roupa, pelo que terei que reavaliar quando voltar às mangas mais curtas do Verão. 
 
A ver se faço umas fotos da próxima vez que fizer o dito desodorizante e as ponho aqui. :)
 
 


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