Estando a preparar a jordanada e apesar de a situação referente ao meu período ainda não se ter alterado (já lá vão quase 2 anos sem saber o que isso é!), começámos a fazer exames e a preparar terreno para, quando ele voltar, irmos a nova consulta de infertilidade com novos exames realizados.
A médica que segue o Afonso, especialista em amamentação, é médica internista e, portanto, pode seguir-nos a todos tipo médica de família. Por outro lado, ela é toda pro coisas naturais, pelo que está na torcida para que consigamos nova gravidez sem ter que recorrer a novo tratamento de fertilidade. Em relação ao meu não período, ela diz que é normal o que me está a acontecer (parece que qualquer coisa é normal em mulher que amamenta, desde vir no mês seguinte ao do parto, a não vir durante anos, sendo que o que acontece geralmente é que quanto mais tarde vem, mais fértil é, ou seja, mais provavelmente haverão as condições para ocorrer nova gravidez logo nesse ciclo), mas que é possível detectar actividade folicolar através de ecografia e com isso perceber se estará para relativamente perto o retorno à vida fértil. Assim sendo, a mim mandou-me fazer eco pélvica exo e endocavitária, para ver como está tudo. Ao meu marido, depois de se aconselhar com um colega urologista, recomendou que tomasse um multivitamíco durante um mês e passado esse tempo fosse fazer novo espermograma, com espermocultura.
E foi assim que voltámos a pisar clínicas de fertilidade e voltámos a alguns dos procedimentos de que não tinhamos absolutamente saudades nenhumas.
Quanto à minha ecografia, depois de me ter deparado com uma médica radiologista que considera que enquanto amamentar não haverá ovulação nem menstruação (quantas mulheres conhecemos que engravidaram a amamentar e outras tantas que tiveram períodos desde sempre!?!?) e depois de me ter explicado que a imagem ecográfica de actividade folicolar e de ovário micropoliquístico são muito semelhantes, acabou por me dizer e colocar em relatório que para ela o que apresento é um ovário poliquístico (a despistar por meio de análises hormonais) e não actividade folicular (que só poderá existir depois de deixar de dar mama). Portanto, venho de lá na mesma e com esta nova dúvida sobre os poliquistos... Quando era muito jovem fui diagnosticada com isso, mas com os anos esse quadro alterou-se e tinha desaparecido por altura do nosso casamento e quando começámos a tentar engravidar. Claro que pode ter regressado com a revolução hormonal que uma gravidez, parto e amamentação envolvem, mas não me é seguro que este "diagnóstico" desta médica não esteja totalmente enviezado pelas suas crenças (que sei estarem erradas) em relação à amamentação e à fertilidade feminina.
Resta-me, portanto, esperar por dia 3 de Dezembro, altura em que regressamos à consulta e pedir nessa altura à médica que me mande fazer análises hormonais para despistar essa coisa do poliquisto. Preciso ter a certeza disso quando for fazer novo tratamento de fertilidade!
Quanto ao meu marido, não tenho novidades boas também... Depois de muito considerarmos, decidimos fazer o espermograma na IVI, uma vez que nos Lusíadas nos pediam que ele fizesse análises à Sífilis, HIV, etc. para poder fazer espermograma e não tínhamos requisição da médica para isso. Então lá fui conhecer a IVI. Infelizmente (mas tb felizmente), não cheguei a dita clínica, pois logo à entrada dei de caras com uma amiga e estive o tempo todo entre o Afonso e a conversa com ela, enquanto o marido foi fazer o espermograma.
Os resultados chegaram hoje, com um diagnóstico de Astenoteratozoospermia. Ou seja, livramo-nos do Oligo (na verdade a quantidade está BEM melhor: mais do que 2X melhor!!! YEAH!) e tb na motilidade a coisa está quase na linha verde (YEAH!), mas infelizmente a parte da teratozoospermia (morfologia) a coisa piorou MUITO. Antes ele até estava na zona normal para este padrão, com 50% morfologia normativa, mas agora apenas 3% apresenta uma morfologia normal. E para piorar, 100% dos que têm problemas têm-no na zona da cabeça, o que não é nada bom....
Agora quando formos à consulta a médica irá consultar-se com o tal colega a ver se com este espermograma a operação ao varicocelo valerá a pena ou não (parece que em muitos casos as melhorias são tão ínfimas que não vale a pena). O meu marido falou com dois médicos diferentes quanto a isto, ambos disseram que poucas melhorias veria, mas o primeiro disse que ainda assim seria de tentar (só que era tão caro operar que decidimos procurar pela tropa, onde teríamos acordo com a ADM para fazer a dita cirurgia), mas quando ele foi ao médico da tropa ele disse que não o operava pois achava que o varicocelo era pequeno e que não iria alterar nada. Portanto, e porque naturalmetne, o marido quer tudo menos operar zona tão sensível, ficámos em águas de bacalhau em relação a esse assunto.
Agora, ao falar com esta médica e ela com o colega, toda a situação está a ser revista. Vamos ver...
Ficámos todos contentes quando vimos a Oligo a ir embora e a motilidade a melhorar tanto, ainda que não suficiente para ser normativa, mas esta morfologia... O marido ficou cheio de esperança que consigamos gravidez natural assim, mas pelo que tenho lido é extremamente difícil que com tão pouca percentagem de espermatozoides de morfologia normativa haja lugar a gravidez natural... Enfim, milagres acontecem a cada mês que passa no meio da infertilidade!
E enquanto eu continuar sem ter período não vale a pena preocupar-me demasiado com isto!
Entretanto vou lendo o "Taking Charge of Your Fertility", um manual EXCELENTE sobre fertilidade e o mapeamento da mesma! TODAS as mulheres (e homens!) deveriam ler este manual!
Milagres acontecem :) A bailarina é mesmo um exemplo disso!
ResponderEliminarO diagnóstico era idêntico ao vosso, por isso há que manter as esperanças!
Quanto ao varicocelo tb tenho uma amiga que tem gémeos de um ttt de fertilidade e cujo marido decidiu arriscar a operação ao varicocelo (mesmo com baixas perspectivas de sucesso) porque queriam ter mais um filho e queriam evitar novos ttt...
A recuperação da dita operação ainda não estava completa e já estavam grávidos :P Dito e feito!
O que me contou essa amiga foi que na altura queriam tanto engravidar que nem consultaram um urologista, passaram de imediato aos tratamentos (alguns mal sucedidos...), gastaram rios de dinheiro e afinal poderiam ter percorrido um caminho menos tortuoso.
Também nós estamos na luta da infertilidade, uma ICSI trouxe-nos em Novembro de 2012 o nosso M. que foi amamentado até aos 5 meses , um novo tratamento agendado para Setembro de 2013 e surpresa das surpresas, mal deixei de dar maminha e logo na 1ªtentativa um positivo :)
ResponderEliminarNeste momento estamos com 35 semanas, uma gravidez natural não planeada mas muito, muito desejada.
As coisas acontecem quando menos esperamos, a nossa médica aconselhou a tentarmos mal acabássemos de amamentar e assim foi.
Às vezes oiço comentários do estilo : Ai coitadinha dois bebés tão próximos ( 14 meses de diferença ) ao que respondemos não diga isso, não sabe bem a sorte que tivemos ...
E é mesmo , os nossos resultados eram piores que os vossos e aqui estamos, por isso pensamento positivo :)
Bjinhos nossos
Mas sempre foi de tratamento, não foi? :) nos assim q eu tiver o período tb fazemis logo tratamento! Espero ter a mesma sorte q vos!! Engravidar é uma bênção mesmo, com pouco ou muito tempo entre bebes!! Se eu pudesse já estava grávida agorinha mesmo, mas pronto, algo no meu organismo diz q ainda é cedo e q este bebe ainda precisa da minha atenção exclusiva! É tao bom te-los e ve-los crescer!!! Estou ansiosa por ter outro e secretamente gostaria de ter mais dois, mas duvido q vamos a 3a fase de tratamentos, de maneira q depois ou vem naturalmente ou temos gémeos! ;) uma loucura!! ;)
EliminarNão o salvador foi uma gravidez espontânea :) !!
ResponderEliminarOh! Q sorte!!! Tb sonho q isso me aconteça!!! Mas pronto... Primeiro é preciso q volte aos ciclos férteis de novo! ;)
Eliminardecidi não me preocupar com isso ate aos 2 anos do Afonso e nessa altura logo reavaliar! ;)